Está tudo ao contrário,
Tudo está na contra-mão
Tanto ontem como hoje.
Antes, o alvoroço se dava pelo fato do novo, do industrial, do moderno.
Hoje, o mesmo ocorre, mas pelo moderno que bate de frente com o tecnológico.
Os carros do ano ainda não se encaixaram nas ruas apertadas e esburacadas.
As cores do Abaporu foram destaque na tela
Hoje, as telas comerciais foram banidas das ruas
Mas porquê? Não era para chamar a atenção?
Não era para vender uma idéia?
Suas formas irregulares foram vistas como tendência, novidade.
Ainda hoje a deformação prevalece nas diferenças gritantes
Porém desapercebidas
Tantos com pouco a ganhar, poucos sabendo muito, ninguém fazendo nada.
Se ontem fizeram a virada cultural em uma semana pensando em torná-la eterna,
Hoje, na Virada Cultural é tradição ter vandalismo descontrolado.
Todos os valores pensados por poucos
Hoje continuam apreciados por poucos
Tarsila deglutiu e passou sua mensagem naquela época
Mas não conseguiu mantê-la acesa até hoje
A expressão foi liberta,
Pena que não soubemos cultivá-la até agora.
Trata-se de um novo Manisfeto. Um Manifesto que tentou trazer contigo os traços da vanguarda Antropofágica que se perdeu em meio às reproduções industrias de nossa cultura de forma massificada.
O que restou hoje? Que valores são levados em consideração em meio a tanta informação joagada para todos e por fim para ninguém?
O que você fará com aquilo que tem a dizer?
"A palavra que tens dentro de ti é tua escrava. A que deixas escapar é tua dona." (Provérbio chinês)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário